O jornal de economia The Wall Street Journal publicou na noite de terça-feira (07) a existência de um relatório da Federal Trade Commission (FTC), equivalente ao Cade brasileiro, que investiga a forma como o Twitter está sendo administrado desde que o bilionário Elon Musk adquiriu a empresa em 27 de outubro do ano passado. 

A FTC está investigando a forma que Musk conduziu as demissões em massa na plataforma de redes sociais, além de informações sobre o lançamento do Twitter Blue, assim como as negociações da empresa com os jornalistas envolvidos no caso em que é chamado de “Arquivos do Twitter”.

Em 2022, a autoridade de defesa do comércio nos EUA multou o Twitter em US$ 150 milhões, pelas violações de privacidade, acarretado pelo uso ‘enganoso’ de dados de usuários para a segmentação  de anúncios, afetando mais de 140 milhões de usuários entre 2014 e 2019.

“Estamos preocupados de que essas reduções de pessoal afetem a capacidade do Twitter de proteger as informações dos consumidores”, relata por escrito um funcionário da FTC aos advogados do Twitter em 10 de novembro, após a primeira onda de demissões, segundo a publicação.

O Twitter respondeu à autoridade de comércio, mas a FTC teria percebido que a companhia estaria num “padrão preocupante de atraso contínuo”, levantando “sérias preocupações sobre sua conformidade”.

Na época, a empresa acordou em realizar “um programa de abrangente de privacidade e segurança da informação”, além de outras medidas para proteger a privacidade do usuário.

Agora o The Wall Street Journal relata que a FTC enviou ao menos uma duzia de cartas ao Twitter desde o ano passado para tentar obter mais informações sobre como a companhia está lidando com questões como as demissões, o Twitter Blue e o caso “Arquivos do Twitter”.

A agência está tentando trazer Musk para depor no inquérito. O Comitê Judiciário da Câmara também divulgou um relatório sobre as investigações do FTC no Twitter.

Musk considerou as ações da FTC “um caso vergonhoso de armamento de uma agência governamental para fins políticos e supressão da verdade”.

Fonte: SBT News

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