Mais uma Marcha das Margaridas tomou conta de Brasília, nos dias 15 e 16 de agosto de 2023. Agricultoras de todo o país se reuniram, primeiramente, no Parque da Cidade. No dia 16, cerca de 200 mil mulheres marcharam por 6 km até o Palácio Nacional, onde foram recebidas pelo presidente Lula. Para representar o município de Guimarães, estiveram presentes a secretária de Assistência Social Olívia Gonçalves, a Chefe de Gabinete Marlyzeth, a coordenadora da Proteção Básica Simone Cunha, e Iracema Martins, presidente do sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (STRR), além de representantes dos movimentos sindicais.

Na ocasião, o presidente da República prometeu ampliar as demandas da Marcha, como a participação das mulheres na política, o combate à violência, racismo e sexismo, acesso à terra e educação, entre outras. Também participaram do evento o ministro da Justiça Flávio Dino, a ministra das Mulheres Cida Gonçalves, da Saúde, Nilza Trindade e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Segundo Mazé Morais, coordenadora-geral da Marcha e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Marcha 2023 – com o lema Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver – “rendeu frutos históricos capazes de mudar a vida de mulheres por meio de uma plataforma de resistência”. Uma conquista importante da Marcha foi a aprovação do Senado para a inscrição do nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Entre as medidas prometidas pelo presidente Lula estão a implantação de 90 mil quintais produtivos em todo o país (até 2026), um decreto para instituir o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a retomada da Bolsa Verde, o aumento da participação social para trabalhadores rurais e a instalação de nove unidades de Lavanderias Coletivas em assentamentos dos estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará.