Em Paço do Lumiar-MA, na Região Metropolitana da Grande Ilha, parece que a crise econômica não atingiu a Câmara Municipal. Verificando o Diário Oficial, encontramos contratos absurdos, valores altos para compra de produtos pouco utilizados dentro de Casas Legislativas, principalmente aquelas que realizam sessões ordinárias apenas duas vezes por semana, como é o caso da Câmara de Paço do Lumiar, que, quando realiza, acontecem apenas terça e quinta, das 9h às 12h, dificilmente chega às 13h.

Nesse contrato assinado pelo presidente da Câmara, Fernando Antônio Braga Muniz, inscrito no CPF: 830.565.133-91 com a empresa F.P SOARES COMERCIO E SERVIÇOS EIRELE, inscrita no CNPJ: 02.614.640/0001-17, sediada na Avenida 13, Nº 41D, Quadra A, Bairro Maiobão, em Paço do Lumiar-MA, representada pelo proprietário, Fernando Pinheiro, inscrito no CPF: 056.147.793-02, o valor do contrato é de R$113.950,80 (centro e treze mil, novecentos e cinquenta reais e oitenta centavos) para compra de produtos como pilhas, bacias, coador, copos, colheres e pratos descartáveis, garrafas térmicas e guardanapos, segundo documentos abaixo.

Enquanto milhares de luminenses passam por dificuldades sem ter o básico para colocar na mesa para seus filhos, o presidente da Câmara de Paço do Lumiar, gasta mais de R$100 mil reais com produtos como 700 quilos de açúcar, pagando R$5,65 no quilo, valor acima do mercado atualmente. Mais o absurdo é bem maior, que os luminenses imaginam, como 600 pacotes de café, equivalente a 300 KG ao valor de R$10,94 cada pacote de 500 gramas da marca puro. É com se a Câmara gastasse 3KG de café por sessão.

Se com café e açúcar os gastos são grandes, com leite em pós de 200 gramas, a Câmara vai comprar 600 pacotes da marca Itambé e pagar R$ 7,18 por pacote, valor acima do mercado e até mais caro que o leite Lá sereníssima. Já o valor pago pelo pote de margarina de 500g da marca primor será de R$8,56, quase o dobro do valor cobrado no supermercado. Mas os absurdos não param por aqui.

Na próxima matéria da série “Gastos Exorbitantes”, traremos o contrato de quase R$200 mil para compra de materiais de escritório, como canetas BIC, incluindo outros produtos já não mais usados por conta das tecnologias avançadas.

Informações l g7ma.com