Conflito no campo: “correntão virou símbolo do Maranhão”, diz Fetaema
Uma das localidades com alto número de conflitos é no Território Quilombola Jacarezinho, em São João do Sóter
O advogado da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (FETAEMA), Diogo Cabral, denunciou, nesta semana, em suas redes sociais a destruição da mata nativa no cerrado maranhense com o uso de ‘Correntão’.
Leia Mais“Infelizmente o correntão virou símbolo do Maranhão, um estado que devora ferozmente o Cerrado e a Amazônia”, publicou
De acordo com Diogo, comunidades rurais do Maranhão sofrem com a brutal violência cometida por grileiros. Entre 2015 a 2022 43 líderes camponeses, indígenas e quilombolas foram assassinados no Estado.
Uma das localidades com alto número de conflitos é no Território Quilombola Jacarezinho, em São João do Sóter-Ma. Em menos de 30 dias, já foram registradas três invasões no local, cujo líder Edvaldo Rocha foi brutalmente assassinado em abril deste ano.
“As famílias estão apavoradas em razão da violência e das ameaças sofridas. O clima é de grande tensão”, comentou Diogo Cabral
A TV DIFUSORA exibiu, no telejornal Bom dia Maranhão, uma reportagem mostrando o clima de grande tensão em comunidades tradicionais. Veja:
Em novembro de 2021, o governo do Maranhão foi alvo de duras críticas em uma nota divulgada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que chamou a gestão de Dino/Brandão de omissa e negligente.
“Somam-se negligências nas investigações por parte do Estado do Maranhão e instituições competentes, transformando a impunidade em verdadeiras licenças para matar”, afirmou a nota
A omissão da gestão Dino/Brandão foi alvo, também, de críticas de órgãos como a Comissão Pastoral da Terra, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Conselho Nacional de Direitos Humanos.