Crescem os golpes de vagas falsas de emprego pelas redes sociais
o golpe que envolve vagas de emprego é um dos golpes mais cruéis que existem porque ele visa pessoas que já estão em situações vulneráveis.
A polícia alerta para um golpe que tem se tornado cada vez mais comum na internet: o crescimento da oferta de vagas falsas de emprego nas redes sociais. Essas quadrilhas conseguem arrancar dinheiro de quem, geralmente, já está em grandes dificuldades financeiras.
Leia MaisSegundo dados de uma empresa de segurança digital, de setembro do ano passado a fevereiro deste ano, 608 mil tentativas desse tipo de golpe foram registradas no país – média de 4 mil por dia.
“A gente fala que o golpe que envolve vagas de emprego é um dos golpes mais cruéis que existem porque ele visa pessoas que já estão em situações vulneráveis e aí causa um prejuízo ainda maior para aquelas pessoas, normalmente financeiro”, aponta Emílio Simioni, executivo-chefe de segurança.
O especialista em direito digital Rafael Chaia alerta que, além do dinheiro, os criminosos também querem os dados das vítimas.
Vítima pagou R$ 70 de taxa
Uma vítima do falso emprego esperava por uma vaga de trabalho havia seis meses. A oferta de auxiliar de laboratório chegou pelas redes sociais. Ela enviou o currículo, que foi analisado, elogiado e aprovado para a função. Segundo a vítima, a negociação foi rápida, não era preciso experiência e bastava o exame admissional.
Ela pagou a taxa de R$ 70 e, quando chegou no endereço informado, no centro de Campo Grande, descobriu que foi enganada. “Cheguei lá já tinha mais duas pessoas no local, suposto laboratório, porque não é o laboratório. É outra clínica agora. Aí tinha mais duas pessoas para a mesma vaga, a mesma função, tudinho. Só que os valores diferentes”, conta.
Sem o exame e sem o dinheiro, a vítima procurou a polícia, que investiga o caso e já sabe que pelo menos cinco pessoas foram vítimas do mesmo golpe.
A polícia pede que os casos sejam denunciados, e quem já foi enganado também deixa um alerta: “Realmente conferir se existe, se eles estão contratando mesmo ou não.”
G1